Sou um artista de rua que sonha
sonhos dentro de sonhos
e acorda confuso, incrédulo.
Quão mais fundo plantamo-nos em sonhos,
pior será a colheita, mais induzida à terra.
Fim de ano e começo de estação:
Época de caos.
Os nomes que nos damos para fugir
nas músicas tocadas alto
de baixo.
Escorremos maquiagem e torcemos cabelo,
sentimos as mãos sem olhá-las
e saber da realidade, tudo sabem.
Um poema escrito na necessidade
no choro desesperado do passado com medo de futuro.
Parte um : passado.
Um ano atrás, os nomes dados e concebidos
são repensados em adoção ou aborto.
Um ano atrás, uma vida feliz
uma história de filme, feliz
e mentida
mudou, mudou tudo.
Parte dois: presente.
Inconsequente, atrasado, deserto e utilizado de muitas referências
Se explicar.
Pois não precisa, não quer.
Rima flores com dores
na suficiência da moeda decidir o
Parte três: futuro.
Não sei, nem amanhã
nem o final da semana.
Sabemos apenas que
nada irá mudar com todas as mudanças
e terei de fazer tudo que adiei,
como encontrar novos adjetivos em livros na cabeceira da cama;
torturar outras linhas
e até pintar as paredes do corpo
mas, oras
o que ainda não viram
nunca virá
verão.
B²
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