segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Retrocessos

Gire o ponteiro
E voltemos no tempo,
Quando a vida começara a se tornar.
Movimentos circulares na Palma da mão
E voltamos a um começo de ano,
Mais de mil e trezentas noites atrás.

Dia.
Eu posso vê-lo,
Mas não sei se ao certo ouvi.

Na fenda que o tempo se esconde
As memórias permanecem firmes,
Assim como as questões antigas
Que ainda não foram respondidas.

Talvez fosse o timbre da voz que tenha engolido as palavras
E não permitido a digestão...
Não sei
E talvez nunca saiba.

Vamos falar de termos
E ternos.
Termos ternos,  engravatados.
Temos os termos tirados da traqueia à tragédia.

Aliteração.
Qual seria a diferença entre então
Entre paixão e amor?
Conhecemos primeiro Platão,  Que amaldiçoou sua paixão
E minha vida.
...
Até,  quem diria
Freud,  ante Nietzsche
Contornar as causas
E prever as consequências.

Falamos de passado
Com o impessoal
E atemporal nó borboleta:
Voava os olhos entre seus botões
Até acordar
De um pesadelo mais leve que a realidade.

Descrições brutas
Uh! Que vida cruel!
Tantas as vezes que a poesia se manifesta
Na necessidade
( pois é o que é )
Da sinceridade em linha torta
Que bêbada
Ri-má

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