Os pneus parecem saber
De cada acorde e vibração
Transcorrida das cordas da madeiras
Às vocais.
Cheias de vogais
Os chamamentos vêem
Cegos em noite de artificios:
Fogos e pessoas.
Toda mulher muda há de gritar
E tornar-se flor.
As lágrimas regam
E rezam todas as ave marias do terço
Que uma terça feira poderá trazer.
Então
Entre cadeiras a cadeia termina,
A dança de São João
Que um corre atrás de outro que corre atrás de outro que corre
Que corre.
A primeira aparição dos santos nas linhas
Não é teor d'dízimo
É milagre esperando saber
Da ciência.
A flor continuará azul
Quando souber que já é fruto?
...
Voltamos à viagem
E os pneus sonhados de cavalos galopando a estrada.
Os golpes que o corpo leva
Entre lombadas e vice presidentes
Doura-o
Como estátua
Ou medalha frente ao peito.
.
Vinde as graças aos que apanham e morrem de amor
Aos que fazem de seus dizeres Pátria
E cantam como hino
As juras de nunca-mais.
As flores até o último dos dias
Em cemitério
Na primeira das noites.
B²