terça-feira, 1 de janeiro de 2019

X.

A madrugada evoca certas ideias
que serpenteiam entre as pinceladas da aquarela ante a água suja dos pincéis.

Acorda com um beijo envolvente em onomatopeias de vogais inifinitas
nas costas riscadas que seguem o azul do oceano
até o outro lado
em que é plantada a dor de um sorriso que nasce e quer viver para sempre.

As cores se dissipam no papel rente aos dedos precisos e pontuais
carimbados no salto repentino, porém já esperado
em uma noite escura e sozinha
e só desbotada pois é necessário dormir
E
Quem sabe
sonhar e acordar com a Lua Cheia e o pincel entre os dedos a matar:
findar o belo e assim brindar harmonia
na violência.

A morte de um grito ardido para dentro
Pode se igualar e ser tão boa quanto,
Quem sabe 
Quem sabe seja
E o agora seja privamento e as madrugadas estejam certas
De todos os castigos e chicoteadas que findam 
Ao se escolher toma-los.

B²