Aqui no meu quarto a chuva é bem barulhenta
e não deixa ouvir as batidas
De que tudo mudou de lugar
Meu espaço no canto daquela sala
Na esquina da minha mente com minha inquietude.
O sono me derruba
Três lances de escada
Abaixo
De onde já estive.
Não é um pódio, apenas degraus altos demais pra se subir
E escalar, escapar de outra dose abusiva
Noite adentro nas manhãs mal dormidas.
Estou envolta num plástico bolha
Cheia de manchas e manias dispersas
Irregulares na pele
Tese ou mapa antigo pra esse local
que insiste em me expulsar.
Minha garganta aguarda
no seco ou gelado, quais os comprimidos descerão
junto do corpo ao chão.
Certa vez me intitulei assim...e no fundo sabia
que sempre fôra
fora daqui
dessa jaula de barras espessas e frias -
inconsequentes
B²