quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Caramelo Salgado

Grudado no ceu da minha boca suas palavras me afagam
Ardentes em chama
Me chama !
Me clama !
Me d e r r a m a
Em solo sagrado
.
Nenhuma das vozes se cala em outro momento senao esse
Mas preciso saber onde é que me encaixo
Além do teu corpo
( Em coro no meu ) silêncio.
.
Anos luz
Em tempo
e espaço
Porque não deixam de ser um só,
Mas nós sim.
Somos sono e sinos
Sonhos e sozinhos
Sombras pra além do ninho
que já se despedaçou.
.
O açúcar queimado
Na minha pele
Trinca e me desarma
porque às vezes sou formiga
a matar a pequena rosa azul
porque é preciso acabar o poema
antes que ele acabe comig