segunda-feira, 11 de abril de 2016

Pressentimento

Pré sentimento
Ansiedade em sentir antes de viver.
Uma luz Branca se alastra no peito,
Nenhum de nós pode prever o futuro
Mas o passado se repete
E deve assim ser.

O desejo é pleno e escaldante sob o calor do sol
Todas as noites.
Corridas ou não,  estas viram números
Uma contagem regressiva sem data
Para a próxima das vindas.

Os olhos compartilham das mesmas lembranças
E,  os que aqui escrevem sofrem,
Gritam por misericórdia
Sem saber o que fazer
Quando os miram.
Palavras se afogam e o corpo entrega
Rende-se no olhar
Sem que a boca se abra,  porque,
Se abrir,  Não será.

Que os violinos ricocheteiem alto
E todas as vidraças tenham a chance de ser partidas.
Os castanhos devoram
E todas as outras cores escondem-se:
É escuridão,
Fiel aos segredos como às sombras.

O relógio bate
Interrompe o sono,
Impossibilita o descanso.
Pensamentos vingam os conselhos
Nas diversas formas que as penas de ganso permitem pensar.

Perguntou onde estavam as perguntas.
Não teve resposta
E esta era a questão.


sexta-feira, 1 de abril de 2016

Dose única

E no fundo do meu francês
Há um Boêmio revestido de gritos,
Uma ópera interna.

O coro age junto
Esquenta e ferve o sangue nos tenores.
O sorriso firma a boca aberta
De olhos maravilhados mesmo na escuridão,
Movimentos circulares em espaço limitado
E a visualização prepara ainda mais o estômago
Pois o fio de bater de asas não reside la:
E sim em toda alma fria no verão
Inacabado.