Regida a sinfonia
Destemido os pés,
Cântico aos dedos
De
Todos
Os tropeços.
Há tempos as letras temem vingança
De todo passado rabiscado
Em tinta azul
No pulso
Escorrido em braços
E tronco
Trincado feito árvore.
Todas as folhas são belas
Quando caem do fruto
E dançam no céu
O balé
Das quedas
Porque toda queda
É linda
Até chegar ao chão.
Umas semanas atrás
Ninguém acreditava em escolhas;
Hoje o destino
De inverno
Não finca faca por conversa alheia.
Uns meses atrás
O futuro parecia iminente
E libidinoso
Nas vias
Que crianças sonham.
Uns anos atrás
Psicólogo algum temeria
Palavra e meia
Dos ciganos guardados em embrulho de Natal.
Umas vidas atrás
Não era o sentimento que transbordava o peito
De vinil
Mas os olhos chorados
De tanto revirar.
Uns minutos atrás
Os poetas jogavam roleta russa
E matavam-se de dizeres
Uns
Maiores
Que
Os
Outros.
Outros,
Doença prescrita
Na bula do vidrinho
Perdido na bolsa azul.
Destemido os pés,
Cântico aos dedos
De
Todos
Os tropeços.
Há tempos as letras temem vingança
De todo passado rabiscado
Em tinta azul
No pulso
Escorrido em braços
E tronco
Trincado feito árvore.
Todas as folhas são belas
Quando caem do fruto
E dançam no céu
O balé
Das quedas
Porque toda queda
É linda
Até chegar ao chão.
Umas semanas atrás
Ninguém acreditava em escolhas;
Hoje o destino
De inverno
Não finca faca por conversa alheia.
Uns meses atrás
O futuro parecia iminente
E libidinoso
Nas vias
Que crianças sonham.
Uns anos atrás
Psicólogo algum temeria
Palavra e meia
Dos ciganos guardados em embrulho de Natal.
Umas vidas atrás
Não era o sentimento que transbordava o peito
De vinil
Mas os olhos chorados
De tanto revirar.
Uns minutos atrás
Os poetas jogavam roleta russa
E matavam-se de dizeres
Uns
Maiores
Que
Os
Outros.
Outros,
Doença prescrita
Na bula do vidrinho
Perdido na bolsa azul.
ps:
As luzes que iluminam a praça
não são de ânimo permanente.
São uma dose
de efeito passageiro.
B²
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