quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Contornos

Vou procurando resposta
pra tudo
Em Drummond
e nas bebidas que não consigo abrir.

A poesia cita meu nome
o nome que ganhei em batismo
n'uma pia de igreja
que não ouso entrar.
Mas, meus outros nomes...
São tantos que nem lembro
como começaram,
eles fogem de mim
eles se escrevem
com o meu sangue
em outras peles.

Paira sobre a terra
Que descalça os pés.
Ilumina na grandiosidade da Luz
Rodopiando as crateras que sonhamos pisar.
Todas as noites sonha em nascer
Mas alterna o esplendor
Até ser suficiente na escuridão.

Tentei tanto escrever uma carta
Para a Lua
Para o que ela ilumina
Mas as palavras
Malditas
Não são visíveis durante a noite.

Queria que ela soubesse
Quão abençoada é
Por acender os fios escuros
De um foco
de indiretas
N'um leitor
Que muito lê
Mas pouco sabe
Daqui.
Seus cabelos respiravam o luar
Escuros 
como também os olhos nublados
de mistério.

Não é hora para despedidas
E sim de revelações.
Mas
quem disse que sigo o relógio?

Ah,
Qualquer semelhança com a realidade
é megera inspiração.

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