quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Fraquezas de um só coração

Se a vida não fosse uma condicional
e minhas reações com suspiros não fossem precipitadas,
quem dera um dia a noite nascesse.

Muitas das vezes prorrogo os dizeres, moldo palavras e barro
Em tédio e ócio purificado
regado em desgosto por exceções;
eu vos digo em primeira pessoa
que a armadilha me pegou
-novamente-
não falarei que minhas mãos estão atadas porque,
bem, meu bem,
meu querido,
não desejo prorrogar confissões;
mas minha cabeça pesa
e eu não bebi ainda...
só a esperança do fundo da garrafa azul.

Um par de sobrancelhas levantando-se duas vezes
os olhos crescem e roubam
toda e qualquer atenção
que os finos lábios mereciam.
Não consigo lê-los.
Fios da vida e auroras da pupila.
As listras na transversal desdenham-me
pois cruzam-se!
Oras,
se as retas, hora ou outra,
aproximam-se
desejo eu ser um traço perdido não paralelo ou matemático
para contornar os fios que me regem.

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