domingo, 10 de maio de 2015

Ascender à luz

A noite implorava discursos das paredes
que, por sua vez,
gemiam os arranhões de unha.
Inspiração goles
muitíssimo mal escondidos
de bebidas tão leves quanto absinto.

Feitos sob as escadas em corredores sem portas;
um lago em frente ao espelho
tornado
eterno.

Dizeres bem construídos
e reclamados pelas costas,
apenas beldades dirigidas ao silêncio de uma rua bonita.
Boêmio.Chapéu na cabeça,
de praxe
açoitamos cada um chamado móvel
coração e rins de apostas.

Finitude em sono infinito
cujas palpebras
permanecem fechadas
antes do roçar nos lábios
feito por
um fantasma.

Jurei, pelas estrelas de uma noite razoavelmente intuitiva
que não rogaria este para tal assunto,
separei palavras sobre uma rosa seca
e guardada com amor.
Mas,
- e todas as conjunções juntas -
ao deitar-me,
com melodias tão suculentas
sonhei novamente.

Desta vez
a réstia cegou os olhos
beira piscina
em fuga de problemas ainda não criados
e monstros imaginários.
Tudo escondido, de todos
e de mim
Não agradeço a discrição,
pois não é descritiva
e sim...

outras drogas advertidas com prescrição
Os médicos não recomendam,
mas o que posso fazer
quando bate à minha porta
com as rimas que quero ouvir?

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