segunda-feira, 24 de abril de 2017

Sintomas de vertigem

Rasteja entre os fios
E frios
De uma pele descoberta
Por quem vem.
Os olhos se fecham
Ora inconscientes, ora não
Oração
Para qualquer deus ou santo ou orixá ou energia que aceite
Uma súplica
Maior que as palavras tentam caber.

Transborda
Da boca, das mãos
Das manhãs acordadas de noites adormecidas de entorpecentes:
Encontra-se depois de perdido
De pedido ao pecado
Em si mesmo
Por outro(ra) reflexo.

Um mar branco
Afogado nas próprias palavras de desejo
Riscado nos versos inscritos na pele que ninguém mais vê,
Águas de batismo
E brinde.
Corpo possesso,
Iniciação em ritual
Que não tem mais volta
Em voltas e voltas
Até esse círculo significar algo
Que a dor e mente não ousem citar.

Mãos se dão
E são.

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