quarta-feira, 22 de março de 2017

Pedido de des(culpa/pedida)

Tal como um suicídio
Despeco-me em desculpas
Em culpa no sofrimento alheio
E no meu próprio.
São três pedidos diferentes
Tal como o gênio concendiria.

1. Deixo todas minhas pétalas
Àqueles que viram os espinhos.

2. Terão toda o crescimento guardado da flor
Quem viu o quanto escolheu secar.

3. Que o perfume permaneça
Na camisa que pôde colher.

...

A mim nada sobra.
Assim como talvez
E somente talvez
Deva ser.
Pois quem sabe
As flores sejam dadas antes do túmulo
E
Toda morte seja mesmo renascimento,
E por ironia da teimosia
Seja dada à luz na mesma vida
Ante a repetir os mesmos erros
Devagarinho, com título e discurso de mudança
Na mesma coreografia:
Nunca dancei bem
E talvez por isso nunca ganhei flor.
Que fostes.



- Sempre soube ser uma Rosa azul. Mas também sempre soube que as rosas azuis não existem, são brancas tingidas, como a rainha de copas faria-

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