Na ultima tarde de verão
Sol escaldante e suor inevitável
eram acompanhados de uma leitura densa,
inescapável.
O ultimo gole gelado
Antes da estrada derramar-se
e tornar-me concreto.
As páginas engoliam-se apressadas entre os dentes
dentre as confissões
e pontos finais.
Naquele tênue instante foi então que os minutos tornaram-se horas.
O relógio ja apitava
o despertar da vinda do equinócio,
equilíbrio em luz.
Fora a ultima tarde de verão
e eu ja havia escrito que o verão sempre tem fim.
A queda das folhas entristece a tinta
e amedronta todo e qualquer fruto maduro
a ponto de cair
ou ser mordido.
B²
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