Há muita areia na praia
assim como o óbvio em canetas vazias.
O vento traz a areia, entrando nos olhos de quem os fecha
em sinal de respeito
ou apreciação.
Anonimato em ruas estranhas, de pedras são
as pessoas e calçadas.
Fontes em meio a jardins
flores bonitas, sem miolos gritantes e caules indignos;
a chuva que rega
só cai quando sente sede.
Leituras ininterruptas
como batom vermelho nos lábios durante toda a noite.
Rostos limpos não conquistam o interesse:
aqueles que com muita facilidade prosam
não devem saber olhar pela escuridão.
Meias palavras e goles de mar doce
são propostas de falas ainda não elaboradas.
Podem ser desnecessárias,
mas aquele quem escreve fecha a boca e
abre as mãos:
recebe amanheceres.
B²
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