terça-feira, 28 de abril de 2015

Sorrisos aveludados

Desculpe-me pela grosseria
mas hoje não estou feliz,
estou apaixonada pela minha vida.

Emociona, lágrimas balançam como a roupa
em rodopios
tão azuis,
e luminosos.

O que mais posso pedir?
Imortalidade, eu diria.
Deixo a doença de lado
eu a venço, hoje.
O que poderia ser mais importante do que Hoje?
Jamais o ontem, nunca o amanhã.
Comentários tolos, mas necessários...

Tão tolos, os versos descascam-se, harmoniosos
Cantam alto agora,
pois em breve, devem sussurrar.
Mas,
ah
esse sussurro traz medo, medo daquilo que já não conhece mais
De um amor nunca provado
pois foi sonhado em noites diferentes.

Reaprendendo a olhar nos olhos
e ousando a tocar as pupilar alheias com as minhas.
O Destino nunca fora tão bom,
e é isto que me traz medo: o que Ele me trará?
Resposta: provavelmente aquilo que quero e não tenho a coragem de ter.

Tentando desassociar nome de homem
abordando em um papel
as margens cor-que-mais-amo
em ponta fina quebrada,
em perfume sentido de relance
e respirações na nuca.
Se um dia souber falar da felicidade bem da forma que é,
Ah,
tamanho azar desses poetas
pois jamais saberão como é
viver a inconstância
e ser uma contradição.



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