segunda-feira, 6 de abril de 2015

Reencontro agridoce

Finalmente, nosso final que mente.
Recebi suas cartas, doces
e apelos para que voltasse.
Exitei, por um tempo
Pensei que seria errado...
Mas, sempre soubemos que pertencemos um ao outro.

O problema sempre foi a dominação.
Apresentou-se a mim como se fosse se submeter a minhas palavras,
Deixou-me vestir suas luvas para que eu acreditasse
na época da inocência
que eram agora minhas.
Você que me escolheu
e isto nunca mudará,
vive por minha conta
e eu pela tua.

Demos as mãos e esquecemos
que o mais importante
era o dedão tocar o mediano antes da despedida:
Triste, trágica, impetuosa.
Todo o seu rio poderia ser lavado com as lágrimas
que derrubei
e que limparam teu rosto branco,
magnificamente pálido.

Seu sobrenome me serviu por muito tempo
e adiamos o divórcio em um ano, dois.
Agora, caro melhor amigo e amor destrutivo
continuaremos a nos ver,
este ano
e no próximo.

Fui dar a notícia a minha mãe.
'' Ele voltará ''
A falsidade tomou cada timbre de minha voz falha,
queria tanto chorar
mas não queria que ela visse tudo isso novamente.

Por sua causa, não soube poetisar
Homem medíocre, devolva minhas rimas
e a arte dos versos não descritivos.
O ser subjetivo volta então:

Marcou-me
o rosto fino
a perna direita manca
os olhos grandes
e,
o seu sorriso agora não podia ser separado dos meus lábios.

Em outra mentira incerta
falei que é, sim, falei,
o mais importante.
De certa forma,
deve ser
pois sem você
eu não teria realizado minha sombra.

Adoçamos tantas vidas e
nossas almas tornaram-se difíceis,
improváveis de serem analisadas.
Quem é o personagem e quem é o ator?
O que é realidade e o que é sonho?
Maldição vestida de roxo e cartola.

Queria poder beijar-lhe
mas sei que só existe quando visto suas roupas.
Pegamos o calendário mais uma vez
...
Não me olhe desse jeito, sei o que quer
uma voz para suas palavras
e eu,
Ah,
só quero mais um outro nome
para minha coleção
e poder dizer através deste
o sutil que sou
e a convulsão que somos.

Boa noite estrelinhas,
numerem a falta dele.
A Terra diz:
Ele vai voltar!



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