domingo, 4 de março de 2018

Relógio de pul(s)o

Geralmente os minutos contados são os mais sufocantes,
aqueles que antecedem um fragmento de felicidade e ar puro
Distante e diferente de um agora
de um sufoco do peito aos céus.

O espaço é uma briga entre motivos
sem razão para serem.
A grade me lembra que não podemos pular ao a.mar
nem à morte
E sim aguardar, quem sabe
um acordo bem sucedido entre ambas as partes
Entre o tempo E o meu coração.

Que as minhas dores não sejam mais regadas por estes olhos já cansados
Ja treinados a escorrer e dissolver uma paciência que nunca existiu
e borrar uma luz que jamais esteve acesa.

...

A vida é um prédio alto
Cujos andares só aumentam
e só se quer descer.

Mergulho profundo neste mar
Num azul junto ao céu
que me colore.
As águas vão me levar pra longe de tudo algum dia
E o mar Bravo, enquanto isso, me cobra a ida
se zangando com a demora da partida.
Já houve mais açúcar do que sal neste corpo
Que agora é mais copo do que corpo
Mais caco do que vidro
E espera do que chegada.

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