terça-feira, 20 de março de 2018

Uma pausa nos versos

Hoje, uma terça-feira que não prometia nada me trouxe um momento muito singular, dentre tantas mesmice revistas e revisitadas. Mais um aluno de apenas uma aula, um que nunca tinha visto mas ele já a mim.
Só nove aninhos dei a aula tranquila e levemente a ele, que com muita facilidade entendia e fazia os exercícios. Acabamos e tinha mais um tempo, ele não quis ir brincar mas ficar conversando comigo. Os alunos geralmente se interessam bastante pelos professores e gostam de saber mais sobre suas vidas e contar sobre a própria. Ele abriu o salgadinho de requeijão e me ofereceu, era realmente uma graça de menino. Aceitei um pouco, ja que me ofereceu várias vezes e chegamos ao assunto que me trouxe aqui: o circo.
Esse lugar que por bom tempo me trouxe muita alegria e momentos felizes e hoje é uma memória Alegre que anseia ser tida novamente. Cada vez mais o circo me traz novos significados e, hoje, mais um. O circo está novamente na cidade depois de quase dez anos. Circo, por assim dizer, mas em um formato diferente que não me agrada muito, mesmo a tratando de comédia e teatro, o modelo stand-up não combina comigo. O menino, como a maioria das crianças gosta de circo e de palhaços e falávamos do preço da entrada e como é difícil a profissão.
Ele pontuou não só como é algo difícil por decorar tantas coisas como também estar sempre viajando, pouco tempo em cada cidade e, finalmente conto, que é triste eles não poderem ver as mães e pais. Eu fiquei pasma, mesmo sendo normal de uma criança a pureza e afeto pelos pais, tal ponto me tocou a chegar na necessidade de escrever e reatar com a prosa.
Ainda hoje outro aluno que não é meu aluno oficial, por assim dizer, me agradou com comida, balas. E o dia se acabou sem fita no cabelo longo ou cachorro quente; mas com um sorriso de canto ao pensar, agora ironicamente na estrada, nos percursos que tomamos e os regressos necessários para casa, para nossa própria cama.

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