quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Quando o pescoço estala as estrelas

Minhas mãos e manhas azuis
Coladas ao peito
Em que cresce uma Lua redonda,
Frágeis vítimas de segundos
Terceiros
Em quartas
Intenções.

São devaneios intensos
Desses que despertam suor no meio da noite
E no inteiro do dia.
Uns tanto quanto nós
Difusos
E trêmulos
- os gemidos acusam o calor
Já que o inverno acabou.

Esse silêncio sufoca
E as mãos sobem
Sem saber como degraus funcionam.
O alívio espera na ponta da língua
estrangeira
...
Sendo o convite um chamado
O telefone vibra
ante a madrugada:
Acorda de um sonho
E não se atende -
Assim continua a tocar.


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