terça-feira, 7 de julho de 2015

Desencontros improváveis em corredores largos

As segundas feiras já foram mais felizes
e conseqüentemente, ativas.
Tempos de ponteiros vermelhos
Olhares escuros e noites bem dormidas...
Porque os dias valiam mais.
Elas passavam vagarosamente, de maneiras irrefutáveis
nas formas que o homem decide andar.

Passam-se semanas que tento recordar
como era o sentimento
de ausência de tanto sal escorrendo na boca,
pois era perpétuo,
divino.

Todo animal um dia encontra os seus.
Inspiração e continência agrupada.
Tempos nostalgicos
com novos rostos...
Tempos em que as rimas cogitam retornar,
mas o fim da idade impede.
A espera :
o andar perdido entre as árvores
que não são mais de papel,
dobradas no bolso direito
como segredos um dia cultivados
a mudar o mundo.

O espelho continua sujo
e o reflexo, distante.
Os rabiscos molhados e nenhuma canção alivia as semanas frias
de um coração que deseja o silêncio
enquanto grita desafinado.

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