segunda-feira, 13 de julho de 2020

me diz

O tempo não deveria, dessa vez, estar a nosso favor?
A feridas não se curam?
''como pode falar de agora?''
Eu que tanto sou e venho da Lua
cheia de ti, dela, de mim,
canto e choro, morro e vivo novamente para morrer mais uma vez
sob o céu sem lua

eis que essas palavras me ferem
Algumas imagens me doem de formas que não esperava

São tintas velhas no porão,
no canto do palco em que a fumaça forma seu rosto
mesmo incerto.

Uma noite, uma música
uma nota inalcançável
sem fôlego ou comparações.

Finais tristes são os mais belos
cortados pela corda ou arma
num vermelho que mancha meu vestido branco:
não de casamento, mas personagem, mais uma vez.

Anjo da música, cante a canção
leve-me pelo rio debaixo de sua capa
em que homem e mistério estão,
vinde uma história tão desentendida
e dolorida
quanto bela.

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