quinta-feira, 22 de setembro de 2016

A Praia dos ciganos

Aqui acima as luzes piscam
E a oscilação é alerta,
Recado que já foi jogado no mar
E Salgado entre os olhos de quem se afoga.

O que o médico diz
De sonhos perversos
Em contos infantis?
O balanço vem e vai
Como a maré
O a.mar que derruba quem sabe nada.r.

O passar das noites distintas
Cheia à nova
Em fotografias que já começam a desbotar
E perder o tom de conchas
Ou misticidade de ser areia.

As águas que afagam são as mesmas a tirar o sangue das mãos
E transpor a inocência de volta aos imaculados.
Que a maré derrame a semana
E banhe devagar os pés
Para saberem em que terra pisam.

As pérolas esperam sua vez
E suspiram aos pescoços que se molham
Como se soubessem
Que cada gota ali
É lágrima curada
Em oferendas sinceras.

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